As 'razões' pela exclusão do baseball dos Jogos Olímpicos de 2012
Notícia publicada aqui:
Esta exclusão tem alguns pontos que deviam ser esclarecidos:
Uma razão mais plausível tem a ver com as audiências... há já algum tempo que o lema dos JO deixou de ser apenas "Citius, Altius, Fortius" e passou a incluir "Profittus" (Mais Lucro). Por essa razão a tendência é ir relegando as modalidades com menos audiências, logo menos lucros, para segundo plano.
No caso do baseball/softball isto aplica-se uma vez que, como todos sabemos, na Europa a popularidade da modalidade não prima por ser uma das melhores (quem consegue competir com o futebol, especialmente se os media não estão para aí virados?). Na Grécia foi o que foi e talvez fosse necessário desencantar uma desculpa para não incluir o baseball e o softball no calendário olímpico de Londres...
Mas isto é apenas a minha opinião.
O Comité Olímpico Internacional (COI) decidiu nesta semana excluir o basebol e o softbol do programa dos Jogos Olímpicos (JO) de Londres 2012. Entre os motivos para a exclusão da primeira modalidade encontra-se a indiferença dos melhores jogadores relativamente à competição – os EUA nem estiveram presentes em Atenas 2004 – e o escândalo de doping que se abateu no basebol norte-americano e que obrigou à intervenção das autoridades políticas federais.
"A mensagem é a de que o COI quer os melhores atletas, universalidade e desporto limpo", afirmou o presidente do organismo olímpico, Jacques Rogge, que já anteriormente tinha defendido a diminuição dos JO, através das saídas do pentatlo moderno, do basebol e da sua versão feminina, o softbol, e foi lançando nos últimos anos críticas à ausência de programas antidoping credíveis nas ligas profissionais norte-americanas – basebol, basquetebol e futebol americano.
E enquanto o basquetebol foi lentamente adoptando regras mais apertadas relativamente à dopagem, o basebol resistiu bastante. Começou por implementar um plano antidoping, mundialmente criticado, que não evitou que mergulhasse num crise perante a opinião pública, quando começaram a surgir denúncias e confissões de ex-jogadores.
Os escândalos de dopagem levaram o Presidente dos EUA, George W. Bush, a abordar o problema durante um discurso do Estado da Nação e o Congresso a actuar: como nas audiências realizadas os dirigentes e jogadores da Major League questionados pouco falaram, os políticos decidiram elaborar legislação de modo a obrigar as ligas profissionais, que gozam de um estatuto especial, a adoptarem programas antidoping credíveis e eficazes.
Apesar de o basebol e o softbol terem sido excluídos de Londres 2012, ambos continuam a ser modalidades olímpicas, vão estar presentes em Pequim 2008 e podem regressar aos JO no ano seguinte, quando os delegados do COI elegerem a cidade organizadora e o programa dos Jogos de 2016. Mas, para isso acontecer, é preciso que haja mudanças em ambos os desportos, avisou Rogge.
Nenhum desporto tinha sido excluído desta competição desde a saída do pólo em 1936. As modalidades que ansiavam por entrar no programa olímpico – râguebi de sete, golfe, karaté, squash e desportos em patins – também não tiveram sorte na votação desta semana.
Esta exclusão tem alguns pontos que deviam ser esclarecidos:
- porque é que a exclusão acontece apenas nos JO de 2012, em Londres, e não já nos próximos JO, na cidade de Pequim em 2008
- porque é que as outras modalidades onde é detectado doping não são também suspensas: casos de várias modalidades do atletismo, tiro, ciclismo, futebol e por aí adiante
- porque é que o caso de doping na MLB tem assim tanta relevância uma vez que nos primeiros anos do baseball olímpico nem sequer era permitida a inscrição de jogadores profissionais (talvez seja essa a razão pela indiferença dos melhores jogadores...)
Uma razão mais plausível tem a ver com as audiências... há já algum tempo que o lema dos JO deixou de ser apenas "Citius, Altius, Fortius" e passou a incluir "Profittus" (Mais Lucro). Por essa razão a tendência é ir relegando as modalidades com menos audiências, logo menos lucros, para segundo plano.
No caso do baseball/softball isto aplica-se uma vez que, como todos sabemos, na Europa a popularidade da modalidade não prima por ser uma das melhores (quem consegue competir com o futebol, especialmente se os media não estão para aí virados?). Na Grécia foi o que foi e talvez fosse necessário desencantar uma desculpa para não incluir o baseball e o softball no calendário olímpico de Londres...
Mas isto é apenas a minha opinião.
Comentários: 0
Adicionar um comentário
<< Início